Fazia
um tempinho que eu não postava nada neste blog. Foi uma longa jornada até aqui
de aprendizado e pesquisa. Comecei postando minhas indignações contra a agenda
de esquerda que visam destruir a família, e logo percebi que a guerra é
político-ideológica. Hoje vou escrever sobre mais uma questão que envolve
política e educação.
No
Brasil vemos diversas bandeiras políticas nos protestos recentes. E por que
isso? Porque temos um grande espectro de posicionamentos políticos a direita e
a esquerda. O Brasil acabou de se reconhecer conservador embora seja dominado
por partidos de esquerda. A maioria nem sabe o que é ser de direita ou
esquerda. Desde os anos 60 para cá (2017) houve intensa infiltração
comuno/socialista na rede de ensino e a falsificação da história juntamente com
a doutrinação esquerdista foi inevitável. Os estudantes saem do ensino médio
sem saber que existe um espectro político, quais são os diferentes
posicionamentos e qual a forma de governo vigente. Aprendem a tola lição
mentirosa de que socialismo é o contrário de capitalismo – sim, livros do MEC
ensinam isso! Mas desde que apareceram grupos no Brasil com uma orientação
autoproclamada “a direita”, houve um imenso alvoroço para conhecer os outros
posicionamentos políticos. Grupos como o MBL – Movimento Brasil Livre – que pregam
o liberalismo em um posicionamento anarco capitalista. É de criar confusão,
porque é comum vermos bandeiras do anarquismo nos protestos de esquerda.
Enquanto uns se dizem anarco capitalistas outros se dizem anarco socialistas.
Vejamos:
O
anarquismo é uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquias e
dominações que podem expressar-se nos campos políticos, econômicos, religião,
sociedade, cultura etc. Ele prega uma reestruturação das relações humanas
através do pensamento crítico e superação da ordem social. Em resumo,
anarquismo significa ausência de governo.
Baseado
no princípio da ausência de governo – que por sinal tem uma longa história –
surgem duas vertentes. O anarco socialismo e o anarco capitalismo. O anarco
socialismo tem em comum com o capitalista apenas a ausência de governo, pois
ele é a favor da abolição não apenas do estado, mas do livre mercado, do dinheiro
e da propriedade privada. Acreditam no coletivismo e a nas relações de solidariedade
e partilhamento de bens – podemos definir em poucas palavras que é uma forma de
socialismo sem a presença do estado. No entanto para que seja possível é
necessário que os indivíduos desistam da sua individualidade para força-la ao
interesse da coletividade. O anarco socialismo é um posicionamento a esquerda.
Curiosamente essa forma política foi praticamente exterminada pelos comunistas,
pois a esquerda tem a mania de exterminar os oponentes ideológicos.
O
anarco capitalismo, apesar do nome, não se identifica com a forma tradicional
de anarquismo, exceto pela pregação da ausência de governo. Tem mais haver com
uma releitura do liberalismo clássico que prega a limitação do estado em
poderes e funções. No conceito de estado limitado (liberalismo clássico) o
governo só tem três funções e nada mais, que são elas; segurança, justiça e
infraestrutura pública. Para os ancaps, a ausência do estado é substituída pelas
relações de interesse privado, o imposto é abolido com a ausência de manutenção
do estado e os direitos naturais são adotados a partir do principio da não
agressão ao outro. O anarco capitalista acredita no livre mercado e nas livres
associações sem interferência.
Agora
pra deixar essa discussão mais curta vou pontuar um conceito interessante para
dividir o espectro sem ter que apelar para o quadrado de Nolan. A definição é a
seguinte; quanto mais estado menos direitos individuais e mais a esquerda você
estará; quanto menos estado, mais direitos individuais e mais a direita do
espectro você estará. Finalmente o
anarco capitalista prega a livre associação pelo voluntarismo e o anarco
socialismo prega a coletividade forçada, ou seja, seus direitos serão colocados
de lado em nome da coletividade. Voluntarismo versus Coletivismo forçado.