Capítulo 9 do livro "O que é o foro de São Paulo?"
Capítulo 9
Pátria Grande – O sonho de Hugo Chaves
“En nombre del Pueblo de Venezuela, reciban
un fervoroso saludo bolivariano junto con el vivo testimonio de hermandad hacia
cada uno de los Pueblos de la Patria Grande. (...)”
O texto supracitado é um recado do ex-ditador
venezuelano que gostava de ser chamado de Capitão Hugo Chaves Frias, um
bolivariano. O recado foi direcionado a todos os povos da América Latina e
Caribe, segundo suas palavras os povos da Pátria Grande. Mas o que é essa tal
Pátria Grande?
“O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,
lembrou na véspera, durante o encerramento da reunião ministerial da Comunidade
de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), que foi o legado do Libertador que tornou possível a integração na América Latina, um dos grandes sonhos de Bolívar.”
(Vermelho.org 2013 - Venezuela comemora 230 anos do
nascimento de Simón Bolívar)
Antes de entender o que é a Pátria Grande e sua
ligação com o Foro de São Paulo, visitemos a história da Venezuela para encontrar
um personagem cujos ideais tem servido de pretexto para implantação do
comunismo na América Latina e Caribe. Simón Bolivar, militar e estadista
venezuelano. Considerado um expressivo ícone da história latino-americana. Foi
comandante das revoluções que promoveram a independência da Venezuela,
Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simón José Antonio de la Santísima Trinidad
Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial, recebeu excelente
educação de seus tutores e teve acesso as obras greco-romanas e filosofia
iluminista.
“A hora dos projetos gloriosos do nosso
Libertador, Simón Bolívar, chegou”, manifestou o chefe de Estado, para
seguidamente pedir aplauso pelos 230 anos do nascimento do Libertador “o
aniversário maior, a quem devemos os ideais da Pátria grande, unida e
soberana”.
(Vermelho.org 2013 - Venezuela comemora 230 anos do
nascimento de Simón Bolívar)
As antigas lideranças das mais altas culturas de
suas épocas - a exemplo as egípcias, babilônicas, gregas e romanas tinham a
grande ambição de serem reverenciados e adorados como deuses. Requeriam louvor
e glória, fazendo-se superiores aos reles mortais. No cerne do pensamento
comunista incutido em toda sua “vã filosofia”, encontra-se o ódio contra Deus,
o desapego à família, o sentimento de rebeldia, de inveja, de falso moralismo e
um senso de justiça psicopático, mas acima de tudo uma sede autoproclamada (advinda
dos ditadores) de receber louvor dos seus oprimidos. O louvor e a glorificação
do homem estão entre os passos que se dão em direção ao abismo da submissão aos
perversos. Simón Bolívar tornou-se o símbolo de objeto de culto, a ele são
atribuídos títulos como “o visionário”, “o libertador”. Entretanto o culto a
Bolívar possui um caráter mais político, de dominação, de estratégia
psicológica. As menções ao seu nome são a expressão da opressão mascarada em
discursos inflamados – conselho de Fidel Castro a Chaves. Ao reverenciar tal
personagem cria-se uma relação entre aquela revolução e esta revolução. Aquela
revolução resultou na independência de cinco nações, esta revolução ameaça a
soberania das nações latino-americanas e caribenhas.
Quando citam as palavras de Bolívar, invocam o seu
antigo sonho. Sonho este que agora serve aos objetivos da revolução das
sombras. Ao trazer ao presente a memória do herói, o ditador teatralmente faz
uso de suas palavras para criar um paralelo entre aquele “libertador” e o “novo
libertador”, inicialmente Chaves e agora Nicolás Maduro. Assim uma vez
associadas às duas imagens, o daquele e o deste, é possível criar uma figura
mítica, poderosa e libertadora para servir de apelo emocional as massas.
A criação do sentimento nacionalista – produzido
artificialmente por aqueles que acreditam que os fins justificam os meios,
aliadas a políticas de repressão, de proibição das liberdades de expressão são
as estratégias destes membros do foro de São Paulo.
“(...)“Estamos devastados pela morte do irmão
companheiro Hugo Chávez”, comentou o chefe de Estado boliviano, Evo Morales,
com voz entrecortada.
Chávez foi um “irmão solidário”, “um
companheiro revolucionário, um latino-americano que lutou por sua pátria, pela Pátria Grande, como também fez Simón Bolívar”, acrescentou ao anunciar sua viagem
a Caracas para participar do funeral e decretar luto nacional de uma semana.”
(Granma 2013- A Pátria
Grande jamais se esquecerá de Hugo Chávez)
A citação a cima veio de Cuba, de onde vem uma das
grandes intenções políticas fomentadoras do objetivo chamado “Pátria Grande”.
Com a morte do bolivariano, que expressava o antigo sonho de S. Bolívar, os
camaradas perderam um aliado rumo à tentativa de tomada de poder da
América-latina.
O
antigo sonho de S. Bolívar era unificar todo o continente Latino-americano em
uma gigantesca pátria socialista. As estratégias são orquestradas pela
instituição Foro de São Paulo que usam de discursos carregados de simbolismos
enigmático – como regra geral, basta tomar a palavra pelo seu sentido inverso,
são malignas ferramenta psicológica para a manipulação do senso comum, induzindo
uma nova linguagem, uma novo vocabulário, um novo modelo de sociedade aos
moldes gramscistas. Para tal propósito servem a adesão de grupos de identidade
entre estado e população, passando pela negação das liberdades pessoais para o
bem da coletividade, entretanto neste caso, coletividade quer dizer os
interesses da esquerda. Os grupos oprimidos, maltratados, esquecidos e
desprezados são os “inocentes úteis”. Na inversão de valores que se baseia na
mudança do senso comum a palavra “democracia”, por exemplo, não é mais o
governo do povo (onde todo poder emana do povo e através de seus
representantes), mas é o interesse dos ditadores em formação fomentado pelo
sonho utópico – ou visão psicodélica de uma realidade distorcida, de um
universo paralelo, utópico e inalcançável.
Tendo conhecimento de que tal linguagem codificada é
usada podemos entender os recados enviados para quem tem o domínio da mesma,
sem contudo, ser diretamente afetado pela manipulação das palavras que
introduzem falsa informação ao senso comum:
“Se avizinham
tempos difíceis, de incerteza e luta frontal contra os inimigos dos povos, os
inimigos da democracia, os inimigos do socialismo. Mas temos certeza de que o
Processo Bolivariano seguirá com passo firme estendendo-se pelo continente,
alcançando cada canto e semeando nessa terra fértil para a construção da
Grande Pátria Latino-Americana, a pátria de Bolívar, a pátria de Hugo Chávez.
Viva o Povo da Venezuela!
Viva os povos da América
Latina!
Viva o presidente Hugo Chávez!
Para a Vitória Sempre!”
(UOU 2013 - Foro de São
Paulo ressalta exemplo de Chávez na luta por sociedades mais justas)
A transformação do continente Sul-americano e
América-Central em uma dominação comunista está para acontecer. Os esforços
estão ai.
Bibliografia de referência
__FRIAS, Hugo Chaves. MENSAJE DEL PRESIDENTE
DE LA REPÚBLICA BOLIVARIANA DE VENEZUELA HUGO CHÁVEZ FRÍAS A LA I CUMBRE DE LA
COMUNIDAD DE ESTADOS LATINOAMERICANOS Y CARIBEÑOS. Disponível em: < http://exwebserv.telesurtv.net/secciones/pdf/01-3146.pdf>.
Acesso: 09 de outubro de 2013.
__VERMELHO.ORG. Venezuela comemora 230 anos
do nascimento de Simón Bolívar. 24 de julho de 2013.
__GRANMA. A Pátria Grande jamais se
esquecerá de Hugo Chávez. Havana, 6 de março de 2013.
__UOU. Foro de São Paulo ressalta exemplo de Chávez
na luta por sociedades mais justas. São Paulo, 6 de março de
2013.