terça-feira, 19 de novembro de 2013

PÁTRIA GRANDE - O SONHO DE HUGO CHAVES



Capítulo 9 do livro "O que é o foro de São Paulo?"


Capítulo 9


Pátria Grande – O sonho de Hugo Chaves

        

“En nombre del Pueblo de Venezuela, reciban un fervoroso saludo bolivariano junto con el vivo testimonio de hermandad hacia cada uno de los Pueblos de la Patria Grande. (...)”





O texto supracitado é um recado do ex-ditador venezuelano que gostava de ser chamado de Capitão Hugo Chaves Frias, um bolivariano. O recado foi direcionado a todos os povos da América Latina e Caribe, segundo suas palavras os povos da Pátria Grande. Mas o que é essa tal Pátria Grande? 


“O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lembrou na véspera, durante o encerramento da reunião ministerial da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), que foi o legado do Libertador que tornou possível a integração na América Latina, um dos grandes sonhos de Bolívar.” 


(Vermelho.org 2013 - Venezuela comemora 230 anos do nascimento de Simón Bolívar)


            Antes de entender o que é a Pátria Grande e sua ligação com o Foro de São Paulo, visitemos a história da Venezuela para encontrar um personagem cujos ideais tem servido de pretexto para implantação do comunismo na América Latina e Caribe. Simón Bolivar, militar e estadista venezuelano. Considerado um expressivo ícone da história latino-americana. Foi comandante das revoluções que promoveram a independência da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial, recebeu excelente educação de seus tutores e teve acesso as obras greco-romanas e filosofia iluminista.


         “A hora dos projetos gloriosos do nosso Libertador, Simón Bolívar, chegou”, manifestou o chefe de Estado, para seguidamente pedir aplauso pelos 230 anos do nascimento do Libertador “o aniversário maior, a quem devemos os ideais da Pátria grande, unida e soberana”.


(Vermelho.org 2013 - Venezuela comemora 230 anos do nascimento de Simón Bolívar)


As antigas lideranças das mais altas culturas de suas épocas - a exemplo as egípcias, babilônicas, gregas e romanas tinham a grande ambição de serem reverenciados e adorados como deuses. Requeriam louvor e glória, fazendo-se superiores aos reles mortais. No cerne do pensamento comunista incutido em toda sua “vã filosofia”, encontra-se o ódio contra Deus, o desapego à família, o sentimento de rebeldia, de inveja, de falso moralismo e um senso de justiça psicopático, mas acima de tudo uma sede autoproclamada (advinda dos ditadores) de receber louvor dos seus oprimidos. O louvor e a glorificação do homem estão entre os passos que se dão em direção ao abismo da submissão aos perversos. Simón Bolívar tornou-se o símbolo de objeto de culto, a ele são atribuídos títulos como “o visionário”, “o libertador”. Entretanto o culto a Bolívar possui um caráter mais político, de dominação, de estratégia psicológica. As menções ao seu nome são a expressão da opressão mascarada em discursos inflamados – conselho de Fidel Castro a Chaves. Ao reverenciar tal personagem cria-se uma relação entre aquela revolução e esta revolução. Aquela revolução resultou na independência de cinco nações, esta revolução ameaça a soberania das nações latino-americanas e caribenhas.

Quando citam as palavras de Bolívar, invocam o seu antigo sonho. Sonho este que agora serve aos objetivos da revolução das sombras. Ao trazer ao presente a memória do herói, o ditador teatralmente faz uso de suas palavras para criar um paralelo entre aquele “libertador” e o “novo libertador”, inicialmente Chaves e agora Nicolás Maduro. Assim uma vez associadas às duas imagens, o daquele e o deste, é possível criar uma figura mítica, poderosa e libertadora para servir de apelo emocional as massas.

A criação do sentimento nacionalista – produzido artificialmente por aqueles que acreditam que os fins justificam os meios, aliadas a políticas de repressão, de proibição das liberdades de expressão são as estratégias destes membros do foro de São Paulo.


“(...)“Estamos devastados pela morte do irmão companheiro Hugo Chávez”, comentou o chefe de Estado boliviano, Evo Morales, com voz entrecortada.

Chávez foi um “irmão solidário”, “um companheiro revolucionário, um latino-americano que lutou por sua pátria, pela Pátria Grande, como também fez Simón Bolívar”, acrescentou ao anunciar sua viagem a Caracas para participar do funeral e decretar luto nacional de uma semana.” 


(Granma 2013- A Pátria Grande jamais se esquecerá de Hugo Chávez)


A citação a cima veio de Cuba, de onde vem uma das grandes intenções políticas fomentadoras do objetivo chamado “Pátria Grande”. Com a morte do bolivariano, que expressava o antigo sonho de S. Bolívar, os camaradas perderam um aliado rumo à tentativa de tomada de poder da América-latina.

            O antigo sonho de S. Bolívar era unificar todo o continente Latino-americano em uma gigantesca pátria socialista. As estratégias são orquestradas pela instituição Foro de São Paulo que usam de discursos carregados de simbolismos enigmático – como regra geral, basta tomar a palavra pelo seu sentido inverso, são malignas ferramenta psicológica para a manipulação do senso comum, induzindo uma nova linguagem, uma novo vocabulário, um novo modelo de sociedade aos moldes gramscistas. Para tal propósito servem a adesão de grupos de identidade entre estado e população, passando pela negação das liberdades pessoais para o bem da coletividade, entretanto neste caso, coletividade quer dizer os interesses da esquerda. Os grupos oprimidos, maltratados, esquecidos e desprezados são os “inocentes úteis”. Na inversão de valores que se baseia na mudança do senso comum a palavra “democracia”, por exemplo, não é mais o governo do povo (onde todo poder emana do povo e através de seus representantes), mas é o interesse dos ditadores em formação fomentado pelo sonho utópico – ou visão psicodélica de uma realidade distorcida, de um universo paralelo, utópico e inalcançável.

Tendo conhecimento de que tal linguagem codificada é usada podemos entender os recados enviados para quem tem o domínio da mesma, sem contudo, ser diretamente afetado pela manipulação das palavras que introduzem falsa informação ao senso comum:


“Se avizinham tempos difíceis, de incerteza e luta frontal contra os inimigos dos povos, os inimigos da democracia, os inimigos do socialismo. Mas temos certeza de que o Processo Bolivariano seguirá com passo firme estendendo-se pelo continente, alcançando cada canto e semeando nessa terra fértil para a construção da Grande Pátria Latino-Americana, a pátria de Bolívar, a pátria de Hugo Chávez.
Viva o Povo da Venezuela!
Viva os povos da América Latina!
Viva o presidente Hugo Chávez!
Para a Vitória Sempre!”

        (UOU 2013 - Foro de São Paulo ressalta exemplo de Chávez na luta por sociedades mais justas)




A transformação do continente Sul-americano e América-Central em uma dominação comunista está para acontecer. Os esforços estão ai. 











Bibliografia de referência



__FRIAS, Hugo Chaves. MENSAJE DEL PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA BOLIVARIANA DE VENEZUELA HUGO CHÁVEZ FRÍAS A LA I CUMBRE DE LA COMUNIDAD DE ESTADOS LATINOAMERICANOS Y CARIBEÑOS. Disponível em: < http://exwebserv.telesurtv.net/secciones/pdf/01-3146.pdf>. Acesso: 09 de outubro de 2013.



__VERMELHO.ORG. Venezuela comemora 230 anos do nascimento de Simón Bolívar. 24 de julho de 2013.


__GRANMA. A Pátria Grande jamais se esquecerá de Hugo Chávez. Havana, 6 de março de 2013.

__UOU. Foro de São Paulo ressalta exemplo de Chávez na luta por sociedades mais justas. São Paulo, 6 de março de 2013.

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